Introdução
O marketing está em constante evolução, e 2026 promete exigir mais inovação, propósito e conexão verdadeira com o público. As marcas que se anteciparem às tendências serão capazes de se destacar e moldar o mercado a seu favor.

1. Atenção como moeda de troca
O recurso mais escasso na era digital será a atenção. Em vez de comprar espaço na mídia, as marcas precisarão conquistar micro‑momentos – janelas rápidas de atenção que capturam interesse e geram impacto imediato. Conteúdos rápidos, narrativas interativas e ativações imersivas serão usados para reter a atenção e manter relevância. Assessoria de imprensa e gestão de redes sociais deverão criar ganchos noticiosos e visuais absorvidos rapidamente, mas capazes de desdobrar-se em histórias mais profundas.
2. Criadores de conteúdo e autoridade digital
A creator economy se consolidará como fonte de confiança. Pesquisas indicam que cerca de 90 % dos consumidores confiam mais em criadores de conteúdo de nicho do que em publicidade tradicional. A lógica deixa de ser “mais seguidores” e passa a ser “maior afinidade”: influenciadores de nicho e personal branding de CEOs e executivos serão imprescindíveis para construir autoridade digital. Quem deixar de se posicionar online perderá espaço para concorrentes mais presentes.

3. Inteligência artificial e personalização em massa
Em 2026, a inteligência artificial deixará de ser novidade e se tornará um imperativo estratégico. Ela será usada para criar experiências hiper‑personalizadas, adaptando produtos, promoções e até layout de acordo com as interações passadas de cada usuário. O desafio será manter a autenticidade da marca mesmo em um ambiente automatizado. Ferramentas de IA também ajudarão a monitorar crises em tempo real, prever demandas (SEO preditivo) e gerar conteúdos em diferentes formatos e sotaques.
4. Realidade aumentada e experiências imersivas
A realidade aumentada (AR) conectará o digital ao físico de forma nunca vista. Marcas de moda criarão provadores virtuais, lojas de decoração permitirão visualizar móveis em 3D na casa do consumidor e produtos terão rótulos interativos via smartphone. Ao integrar AR de forma funcional, as marcas aumentarão o engajamento e oferecerão experiências mais ricas.

5. Consumo consciente e sustentabilidade
Ser eco‑friendly deixará de ser bônus para se tornar uma exigência. Marcas que não demonstrarem, de forma transparente, seu compromisso com a sustentabilidade serão vistas como desatualizadas ou irresponsáveis. Um estudo de 2024 da Mintel mostra que 49 % dos consumidores se sentem cada vez mais impactados por eventos climáticos e mais de 60 % preferem que as empresas reduzam suas próprias emissões de carbono. Transparência e ações mensuráveis serão essenciais para ganhar a confiança do público.
6. Micro e nano‑influenciadores
O marketing de influência evoluirá, priorizando influenciadores de nicho com alto engajamento. Trabalhar com micro e nano‑influenciadores, em vez de grandes celebridades, trará autenticidade e maior conversão. Escolha pessoas alinhadas aos valores da marca; elas ajudam a humanizar a comunicação e construir diálogo real com a comunidade. Dados de 2025 mostram que 90 % dos consumidores confiam mais em criadores de nicho do que em publicidade tradicional, reforçando a importância dessa estratégia.

7. Dados, privacidade e comunidades
Com a preocupação crescente com privacidade e o fim dos cookies de terceiros, marcas precisarão investir em dados de primeira mão e ser transparentes sobre como os utilizam. Ao mesmo tempo, construir comunidades fortes em torno da marca será uma vantagem competitiva: engajamento real, conteúdo gerado pelo usuário e benefícios exclusivos criarão um senso de pertencimento. As plataformas de IA generativa exigem transparência sobre a procedência dos dados; 31 % dos brasileiros dizem que anúncios gerados por IA os incomodam e 60 % se preocupam com anúncios falsos. Para conquistar confiança, as empresas devem explicar como treinam seus modelos e proteger a privacidade.
8. SEO, GEO e a era da IA generativa
A otimização para mecanismos tradicionais (SEO) evoluirá para Generative Engine Optimization (GEO), pois IA generativa e chatbots participam cada vez mais das buscas. Estima‑se que até 2026 cerca de 25 % do volume de buscas tradicionais diminuirá, e 80 % dos usuários utilizarão IA generativa como substituto parcial dos buscadores. Isso exige a criação de conteúdos multimodais (texto, imagens, vídeos e áudios) bem estruturados, para que as IAs citem a marca e direcionem tráfego. Além disso, o digital PR ganhará importância: artigos autorais, entrevistas e presença em canais diversos aumentam a autoridade e a visibilidade nos resultados gerados por IA.

9. Parceria criativa com IA
Em vez de substituir equipes, a IA será parceira dos profissionais. Campanhas inteiras já são criadas com suporte de inteligência artificial, mas o futuro exigirá capacitação para extrair o melhor das ferramentas. Vídeos hiper‑realistas, podcasts e conteúdos automatizados serão produzidos com mais facilidade; o diferencial estará em combinar criatividade humana com eficiência algorítmica. Capacitar times para usar IA de forma ética e estratégica será fundamental.
10. Outras tendências para 2025
Além das transformações acima, relatórios como o Kantar Marketing Trends 2025 apontam temas que já influenciam as marcas. A segurança e transparência na IA generativa será central, pois executivos ainda buscam entender a tecnologia e os consumidores pedem clareza sobre dados usados. A sustentabilidade se tornará dever das empresas: 87 % dos brasileiros querem um estilo de vida mais sustentável e 56 % deixaram de consumir produtos de empresas que não cuidam do planeta. A inclusão será um imperativo para o crescimento de marca; 76 % dos brasileiros acreditam que as empresas têm a obrigação de tornar a sociedade mais justa. As redes sociais precisarão inovar para recapturar atenção em todas as gerações. Por fim, o declínio populacional desafiará as marcas a conquistar maior participação de mercado em um mundo com menos compradores.
Conclusão
O marketing de 2026 exigirá das marcas inovação tecnológica, responsabilidade social e conexão humana. Inteligência artificial, experiências imersivas, sustentabilidade, parcerias autênticas e respeito aos dados são pilares que diferenciam quem liderará o mercado. Adaptar‑se a essas tendências de forma genuína e alinhada ao propósito da empresa será fundamental para se destacar no futuro.
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